- Área: 24 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Ana Cecilia Garza Villarreal
- Área: 24 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Ana Cecilia Garza Villarreal
Descrição enviada pela equipe de projeto. O objeto isolado possui a função de acolher um programa habitável reduzido a um único ambiente: estúdio e dormitório.
Essa é uma moradia básica experimental. Uma residência para uma só pessoa ou uma família muito pequena, feita inteiramente em madeira e elevada do solo, a fim de reforçar a expressão construtiva de sua estrutura: um pódio tectônico.
Os limites exteriores da residência são feitos de painéis de vidro claro para criar um espaço transparante possibilitando a completação do entorno, um terreno vazio em meio a cidade. De certa forma, esse projeto é também uma reação a ação de construir a cidade.
Foi desenvolvido um exercício construtivo baseado em elementos de madeira de 2", 3" e 4" de espessura. Partindo de uma cimentação constituída por cilindros de concreto colados no local rodeando 16 componentes de 4"x 4" colocados a 1 metro de distância entre si. Uma trama de vigas de madeira foi projetada para dar sustentação ao tablado do piso.
Os apoios da cobertura são por um lado, uma fileira de colunas esbeltas que seguem a mesma modulação dos apoios inferiores, enquanto que na outra extremidade o apoio se constitui em uma grelha vertical que origina também um mobiliário presente ao longo de todo o espaço.
Sobre esses elementos repousa outra trama de vigas que sustenta uma cobertura leve de chapas de compensado, cobertas com um isolante térmico e uma fina lâmina metálica que serve como impermeabilizante.
Dois elementos cilíndricos fixos aparecem no interior. O maior abriga a área do banheiro. O menor abriga a pia e também serve de sustentação para a tubulação de água.
A obra induz a uma reflexão sobre utilizar ou não um terreno, sobre construir ou não e quanto construir. Dentro desse magma de construções que aumenta a cada dia na cidade, fazer essa reflexão também é refletir sobre a sustentabilidade.
Por isso, decidimos fazer uma moradia mínima, utilizando materiais econômicos e sistemas de climatização muito básicos, mas muito lógicos, como elevar a obra do solo para que o vento pudesse passar e ajudar a resfriá-la. Utilizamos um orçamento muito limitado e mesmo assim chegamos a um resultado muito poético mais vazio do que cheio, mais transparente do que opaco. Transparente em sua estrutura e na honestidade no uso dos materiais, que torna a obra sustentável.